sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Resistência CRIAtiva - Jovens e a cidade de Salvador pelo fim do extermínio da Juventude Negra

Acontece nos dias 15 e 16 de dezembro na Casa e no Cine XIV – Pelourinho, o Resistência CRIAtiva Ano I.  O evento realizado pelo CRIA – Centro de Referência Integral de Adolescentes em parceria com a organização internacional Pão Para o Mundo – PPM, traz para pauta da Cidade o extermínio da juventude negra. Na ocasião, cerca de 19 comunidades de Salvador articuladas pelo CRIA e representações expressivas na luta contra o genocídio da juventude negra estarão presente. Essa iniciativa foca no empoderamento de jovens para desenvolver estratégias utilizando a arte e a cultura como elementos capazes de colaborar no processo de superação das violências em suas comunidades e garantir o seu direito de transitar livremente como jovem negro na Cidade. 
A programação inclui Rodas de Conversas, exibição de Documentário sobre a temática e apresentação de Espetáculo Teatral. A Abertura no dia 15/12 às 9h, será com a Roda de Conversa Genocídio da Juventude Negra: Eu tenho direito a vida não quero ser estatística, com mediação de Juliana Santos do Movimento sem teto da Bahia – MSTB e participação de Silvo Humberto Fundador da Steve Biko e vereador, Grassyela Nobre da Anistia Internacional e Pedro Zack  Jovem Dinamizador Cultural do CRIA. Ainda no dia 15/12,  no turno da tarde a apresentação do espetáculo Pra lá de tempo do CRIA, que traz para o palco a temática do extermínio da juventude negra
No segundo dia da programação às 9h, na Sala de Arte XIV – Pelourinho, acorrerá a exibição do documentário A memória viva de Saramandaia, premiado nacionalmente, produzido e dirigido pelo jovem Lúcio Lima, que participará também da Roda de Conversa Onde não há arte a Violência vira espetáculo – estratégias contra o extermínio da juventude negra, nesse mesmo dia após o Filme

Segundo dados do Mapa da Violência no Brasil, 56 mil pessoas são assassinadas anualmente e a Região Nordeste apresentou os maiores índices de violência. Mais da metade são jovens e, destes, 77% são negros. Além disso, a arma de fogo foi usada em mais de 80% dos casos de assassinatos de adolescentes e jovens. Para André Araújo, coordenador de equipe do CRIA, “ A ideia do encontro é reunir vozes que atuam e refletem sobre a violência cotidiana sofrida pela juventude negra na Cidade e compartilhar experiências e práticas exitosas para superação e enfrentamento dessas violações”.  Toda a programação tem entrada gratuita e estará sujeita à lotação dos espaços.